
Alguém já parou pra pensar sobre o compromisso que um veículo assume ao tratar um tema que gera violência, inclusive física, contra um grupo. Longe de querer discutir a objetividade e imparcialidade jornalística, que sozinhas já podem render muitos parágrafos de revolta, minha tristeza dessa semana foi encontrar nas paginas amarelas da revista Veja uma entrevista nitidamente homofóbica.
Vamos ao acontecido: A entrevistada virou pauta da revista por ter seu registro profissional cassado pelo conselho federal de psicologia por declarar que a homossexualidade é uma doença tratável. Além dessa afirmação a entrevistada declara que os movimentos organizados LGBT são grupos com idéias nazistas de uma eugenia homossexual e que seu modo de agir, junto com o movimento feminista, é destruir os valores morais além da propagação, pelos LGBT de doenças sexualmente transmissíveis.
Nesse contexto a entrevista é guiada por uma jornalista que não tem contra argumentos além do obvio “Eles não escolhem ser assim”. Esquecendo que não é por ser escolha ou não que o tema “cura de homossexuais” tem que ser olhado, já que gostar do mesmo sexo não é passível de cura porque não é doença! E ponto! Além disso, ela é creditada como psicóloga mesmo com seu registro cassado e aparece nas fotos escondida alegando que sofre ameaças.
Ziz, não concordo com seu ponto de vista. Achei a jornalista coerente nas perguntas. Tanto que ela conseguiu algo que nenhum outro veículo havia conquistado até entao (Fantastico, Folha de SP): mostrar o quão equivocada e louca é esta suposta psicóloga. O que me entristece mais é ver alguns setores da sociedade civil apoiando essa senhora. Isso demonstra uma falta de conhecimento em relação a homossexualidade enquanto orientação sexual e do homossexual enquanto pessoal. O que é mais preocupante: Hitler não matou 10 milhões de pessoas sozinho, ele contou com apoio (e silencio consentido) de tantos outros milhões. Vejo o mesmo principio no suporte de algumas entidades a esse disucrso homofobico. Léo!!
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